“Please, no matter how we advance technologically, please don't abandon the book. There is nothing in our material world more beautiful than the book."
(Acceptance speech, National Book Award 2010 (Nonfiction), November 17, 2010), Patti Smith
Temas possíveis: música, humor, poesia, leituras/reflexões sociais, políticas e económicas (a ordem é irrelevante). Palavras que eu gosto e expressões fora de uso: real gana, por exemplo! Mais: aqui escreve-se à moda antiga, isto é, estou em desacordo com o "acordo" ortográfico.
Tuesday, December 30, 2014
Monday, December 22, 2014
É Natal, tá um frio do caraças!...
Obrigado a todos os visitantes desta humilde "barraca" fora de moda.
Que os sentimentos mais puros inspirados pela quadra festiva que atravessamos nos possam acompanhar durante o ano inteiro.
Que os sentimentos mais puros inspirados pela quadra festiva que atravessamos nos possam acompanhar durante o ano inteiro.
Boas Festas e um Próspero 2015!
Tuesday, December 16, 2014
Music and pain
16 de Dezembro de 2014: dia longo e penoso... Por mim passou mais um ano e hoje também fiquei mais pobre, pois perdi um amigo do coração. Para o Diamantino, que tal como eu também adorava a música, aqui fica o testemunho da nossa eterna amizade.
Bob Dylan - Knocking on heavens door
Wednesday, December 10, 2014
Poema da queca
É uma terra danada,
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo fode,
Onde todo mundo é fodido.
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo é fodido.
Fodem moscas e mosquitos,
Fodem aranha e escorpião,
Fodem pulgas e carrapatos,
Fodem empregadas com o patrão.
Fodem aranha e escorpião,
Fodem pulgas e carrapatos,
Fodem empregadas com o patrão.
Os brancos fodem os negros
Com grande desprendimento,
Os noivos fodem as noivas
Muito antes do casamento.
Com grande desprendimento,
Os noivos fodem as noivas
Muito antes do casamento.
E o Presidente da República
Vive fodendo a nação.
Os Frades fodem as freiras,
O padre fode o sacristão,
Até na igreja de crente
O pastor fode o irmão…
O padre fode o sacristão,
Até na igreja de crente
O pastor fode o irmão…
Todos fodem neste mundo
Num capricho derradeiro,
Num capricho derradeiro,
E o danado do Dentista
Fode a mulher do Padeiro.
Passos, depois de eleito, se tornou um fodedor
Não fode o Cavaco, mas fode o trabalhador,
O Ministro fode o deputado
Que fode o eleitor.
O Ministro fode o deputado
Que fode o eleitor.
Parece que a natureza
em a todos nos dizer,
Que vivemos neste mundo
Somente para foder.
em a todos nos dizer,
Que vivemos neste mundo
Somente para foder.
Que agora se está a entreter,
Se não gostou da poesia
Levante-se e vá-se foder!
Wednesday, December 03, 2014
Music was my first love...
Rui Veloso - Sei de uma camponesa
Saturday, November 29, 2014
Em cada esquina um amigo
Presságio
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente…
Cala: parece esquecer…
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente…
Cala: parece esquecer…
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…
Fernando Pessoa, in "Obra Poética - Inéditas"
Tuesday, November 25, 2014
Pensamentos à esquerda
Alegadamente chamada de "gauche caviar"
La gauche caviar a encore de beaux jours devant elle.
(...)
Une distorsion trop grande entre un idéal de justice et une manière de conduire sa vie qui respire l’opulence, le luxe, l’argent facile (même si honnêtement gagné), les possibles week-end à Deauville, les probables repas dans les grands restaurants, les escapades amoureuses à San Francisco et autres comportements outranciers dont on devine qu’ils sont plus un mode de vie qu’une obligation imposée par un quelconque ordre protocolaire.
(...)
Je rêve un jour de voir un ministre ou une ministre de gauche (ou de droite, soyons fous!) tomber amoureux d’un ouvrier, s’enticher d’une caissière de supermarché, avoir les yeux doux pour une fleuriste ou fricoter avec une infirmière.
(...)
A quel moment de leur vies nos gouvernants croisent le destin des gens ordinaires, que peuvent-ils donc bien savoir de leurs problèmes et de leurs préoccupations, de la difficulté d’un quotidien qui se détériore jour après jour, de leurs vies normales et banales, hormis les trop rares moments où ils consentent à venir leur rendre visite quand éclatent des échauffourées, ou surgissent des faits divers exigeant une réponse forte de l’État ?
Ver aqui o pertinente artigo de Laurent Sagalovitsch, in "You Will Never Hate Alone"
La gauche caviar a encore de beaux jours devant elle.
(...)
Une distorsion trop grande entre un idéal de justice et une manière de conduire sa vie qui respire l’opulence, le luxe, l’argent facile (même si honnêtement gagné), les possibles week-end à Deauville, les probables repas dans les grands restaurants, les escapades amoureuses à San Francisco et autres comportements outranciers dont on devine qu’ils sont plus un mode de vie qu’une obligation imposée par un quelconque ordre protocolaire.
(...)
Je rêve un jour de voir un ministre ou une ministre de gauche (ou de droite, soyons fous!) tomber amoureux d’un ouvrier, s’enticher d’une caissière de supermarché, avoir les yeux doux pour une fleuriste ou fricoter avec une infirmière.
(...)
A quel moment de leur vies nos gouvernants croisent le destin des gens ordinaires, que peuvent-ils donc bien savoir de leurs problèmes et de leurs préoccupations, de la difficulté d’un quotidien qui se détériore jour après jour, de leurs vies normales et banales, hormis les trop rares moments où ils consentent à venir leur rendre visite quand éclatent des échauffourées, ou surgissent des faits divers exigeant une réponse forte de l’État ?
Ver aqui o pertinente artigo de Laurent Sagalovitsch, in "You Will Never Hate Alone"
Saturday, November 22, 2014
Curtas e boas
A falta de sexo provoca amnésia e outras merdas que agora não me lembro...
Como as enzimas se reproduzem? Fica uma enzima da outra.
O dinheiro é como o orgasmo: uns têm, alguns já tiveram e a maioria finge ter.
Saturday, November 15, 2014
Music was my first love...
Patti Smith Group - Distant fingers
Thursday, November 13, 2014
Marquês de Fronteira - um mecenas da cultura
In Memoriam, Fernando Mascarenhas (15.04.1947 - 12.11.2014)
Sempre fui avesso a monarquias e "sangues azuis", no entanto - talvez por causa da Travessa do Cotovelo - há muito tempo que esta figura me inspirava simpatia. Para "aguçar o apetite" algumas frases soltas, entre muitas recolhidas numa curiosa entrevista, realizada em 2000:
"Há dois sentidos da palavra nobreza: a nobreza como substantivo e a nobreza como adjectivo. Todas as pessoas, qualquer que seja a sua condição social, podem ser nobres, sem que os seus avós tenham pertencido à classe da nobreza.
(...) Idealmente, numa sociedade ideal, as pessoas nobres de alma e de carácter deviam ser nobilitadas."
"Para começar, acho que os filósofos e os intelectuais em geral se tomam muito a sério. Pessoalmente, tenho dificuldade em tomar as coisas tão a sério. Costumo dizer que sou um intelectual de trazer por casa."
Na íntegra, a entrevista de Maria João Seixas a Fernando Mascarenhas no jornal "Público"
Saturday, November 01, 2014
O fosso entre ricos e pobres não pára de aumentar
Ao longo dos últimos 300 anos, a economia de mercado levou prosperidade e vida digna a milhões de pessoas em toda a Europa, na América do Norte, no Japão, na República da Coreia e em outros países do leste asiático.
No entanto, como demonstrou o economista Thomas Piketty em "O Capital no Século XXI", sem a intervenção do governo, a economia de mercado tende a concentrar a riqueza nas mãos de uma pequena minoria, fazendo que a desigualdade aumente.
...
As elites, tanto em países ricos quanto nos pobres, usam sua grande influência política para garantir favores do governo – incluindo isenções fiscais, contratos privilegiados, concessões de terras e subsídios – ao mesmo tempo que bloqueiam políticas que possam fortalecer os direitos da maioria. No Paquistão, o patrimônio líquido médio dos parlamentares é de US$ 900 mil, mas poucos deles pagam algum imposto. Isso prejudica o investimento em sectores como educação, saúde e agricultura de pequena escala, que podem desempenhar um papel vital na redução da desigualdade e da pobreza.
...
O enorme poder de lobby das grandes corporações para distorcer as regras em seu favor aumentou a concentração de poder e dinheiro nas mãos de poucos.
As instituições financeiras gastam mais de 120 milhões de euros por ano em exércitos de lobistas para influenciar as políticas da União Europeia (UE) de acordo com os seus interesses.
Muitas das pessoas mais ricas do mundo fizeram suas fortunas graças às concessões exclusivas do governo e às privatizações decorrentes do fundamentalismo de mercado.
As privatizações na Rússia e na Ucrânia, após a queda do comunismo, transformaram insiders políticos em bilionários da noite para o dia. Da mesma forma, Carlos Slim ganhou seus muitos bilhões assegurando direitos exclusivos sobre o sector de telecomunicações do México, quando este foi privatizado na década de 1990.
O relatório completo da OXFAM pode ser consultado em diversas línguas neste link.
No entanto, como demonstrou o economista Thomas Piketty em "O Capital no Século XXI", sem a intervenção do governo, a economia de mercado tende a concentrar a riqueza nas mãos de uma pequena minoria, fazendo que a desigualdade aumente.
...
As elites, tanto em países ricos quanto nos pobres, usam sua grande influência política para garantir favores do governo – incluindo isenções fiscais, contratos privilegiados, concessões de terras e subsídios – ao mesmo tempo que bloqueiam políticas que possam fortalecer os direitos da maioria. No Paquistão, o patrimônio líquido médio dos parlamentares é de US$ 900 mil, mas poucos deles pagam algum imposto. Isso prejudica o investimento em sectores como educação, saúde e agricultura de pequena escala, que podem desempenhar um papel vital na redução da desigualdade e da pobreza.
...
O enorme poder de lobby das grandes corporações para distorcer as regras em seu favor aumentou a concentração de poder e dinheiro nas mãos de poucos.
As instituições financeiras gastam mais de 120 milhões de euros por ano em exércitos de lobistas para influenciar as políticas da União Europeia (UE) de acordo com os seus interesses.
Muitas das pessoas mais ricas do mundo fizeram suas fortunas graças às concessões exclusivas do governo e às privatizações decorrentes do fundamentalismo de mercado.
As privatizações na Rússia e na Ucrânia, após a queda do comunismo, transformaram insiders políticos em bilionários da noite para o dia. Da mesma forma, Carlos Slim ganhou seus muitos bilhões assegurando direitos exclusivos sobre o sector de telecomunicações do México, quando este foi privatizado na década de 1990.
O relatório completo da OXFAM pode ser consultado em diversas línguas neste link.
Tuesday, October 28, 2014
Music was my first love...
Hugh Laurie - St. James Infirmary
Monday, October 20, 2014
Só de passagem
"A vida na Terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem-se de ser felizes."
Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.
Wednesday, October 15, 2014
Da série: recomecei a ler!...
"Les dieux voyagent toujours incognito" foi o primeiro livro que li de Laurent Gounelle, e posso dizer que foi uma agradável surpresa. Seguem-se alguns excertos que achei por bem realçar e, por este meio, divulgar...
"La vie n'est pas une théorie. Je ne crois qu'en la vertu de l'expérience vécue sur le terrain. Il n'y a que ça de vrai pour changer un homme. Tout le reste n'est que bla-bla ou masturbation intelectuelle." (Les dieux voyagent toujours incognito, p.73-74)
"Alan, reprit-il, la liberté est en nous. Elle doit venir de nous. Ne t'attends pas à ce qu'elle vienne de l'extérieur." (Les dieux voyagent toujours incognito, p.106)
"La véritable évolution n'est-elle pas intérieure? C'est en se changeant soi-même que l'on devient heureux, pas en changeant ce qui nous entoure." (Les dieux voyagent toujours incognito, p.474)
Alguns comentários do autor sobre o livro aqui
"La vie n'est pas une théorie. Je ne crois qu'en la vertu de l'expérience vécue sur le terrain. Il n'y a que ça de vrai pour changer un homme. Tout le reste n'est que bla-bla ou masturbation intelectuelle." (Les dieux voyagent toujours incognito, p.73-74)
"Alan, reprit-il, la liberté est en nous. Elle doit venir de nous. Ne t'attends pas à ce qu'elle vienne de l'extérieur." (Les dieux voyagent toujours incognito, p.106)
"La véritable évolution n'est-elle pas intérieure? C'est en se changeant soi-même que l'on devient heureux, pas en changeant ce qui nous entoure." (Les dieux voyagent toujours incognito, p.474)
Alguns comentários do autor sobre o livro aqui
Monday, October 06, 2014
Friday, September 26, 2014
Music was my first love...
Janis Joplin - Summertime
Sunday, September 14, 2014
Ondas de choque
Vítor Bento duró dos meses en la dirección del Banco Espírito Santo (BES). El objetivo de su sustituto es durar, como mucho, algo más. Eduardo José Stock da Cunha, ex directivo del Santander Totta, es el hombre elegido por el Banco de Portugal para vender cuanto antes Novo Banco, la entidad nacida a raíz de la debacle del BES.
(...)
El relevo de Bento por Da Cunha no van a frenar a parar las querellas de clientes perjudicados por la intervención pública, pocos días después de que los máximos responsables de la nación, como el presidente de la República, Cavaco Silva, aseguraran que todo estaba en orden y que la gente podría estar tranquila. Esos mismos responsables intervenían días después el BES y su acción valía cero céntimos.
Sublinhados meus. O artigo completo no El País
(...)
El relevo de Bento por Da Cunha no van a frenar a parar las querellas de clientes perjudicados por la intervención pública, pocos días después de que los máximos responsables de la nación, como el presidente de la República, Cavaco Silva, aseguraran que todo estaba en orden y que la gente podría estar tranquila. Esos mismos responsables intervenían días después el BES y su acción valía cero céntimos.
Sublinhados meus. O artigo completo no El País
Friday, September 12, 2014
Thursday, September 11, 2014
Yin e Yang, ou as forças opostas
"A religião é uma estratégia para fingir que a morte não existe"
RAP ao mais alto nível!
Tuesday, September 02, 2014
Music was my first love...
Cabo Verde Show - Bo catem mas
Tuesday, August 26, 2014
Questões de pormenor... e de pontaria!
Original em francês, senão perde a piada:
"Une superbe jeune femme promène ses deux chiens dans un bois quand elle croise un petit enfant :
- Bonjour madame.
- Bonjour, tu veux carresser mes saint bernard ?
- Oh oui madame, mais je ne m'appelle pas Bernard !"
"Maria Madalena estava para ser apedrejada quando Jesus intercedeu em seu favor diante da multidão que ali estava.
E então, Jesus disse:
- Quem nunca errou, que atire a primeira pedra.
O alentejano, presente em todos os lugares e épocas, empolgou-se, pegou num enorme calhau e acertou em cheio na testa de Maria Madalena que, caiu redonda no chão.
Jesus, muito entristecido, aproximou-se do alentejano, olhou-o bem nos olhos e perguntou:
- Meu filho, diz-me a verdade, tu nunca erraste na tua vida?
E o alentejano respondeu:
- A esta distância, Senhor? Nunca!..."
"Une superbe jeune femme promène ses deux chiens dans un bois quand elle croise un petit enfant :
- Bonjour madame.
- Bonjour, tu veux carresser mes saint bernard ?
- Oh oui madame, mais je ne m'appelle pas Bernard !"
*****
"Maria Madalena estava para ser apedrejada quando Jesus intercedeu em seu favor diante da multidão que ali estava.
E então, Jesus disse:
- Quem nunca errou, que atire a primeira pedra.
O alentejano, presente em todos os lugares e épocas, empolgou-se, pegou num enorme calhau e acertou em cheio na testa de Maria Madalena que, caiu redonda no chão.
Jesus, muito entristecido, aproximou-se do alentejano, olhou-o bem nos olhos e perguntou:
- Meu filho, diz-me a verdade, tu nunca erraste na tua vida?
E o alentejano respondeu:
- A esta distância, Senhor? Nunca!..."
Friday, August 22, 2014
Le suicide n'est qu'une mort anticipée
Agora que o triste acontecimento mediático já se vai desvanecendo, aqui fica esta humilde homenagem a um Homem do meu tempo que muito contribuiu para a minha valorização como ser humano.
R.I.P. "Robin Williams"
21 Julho 1951 - 11 Agosto 2014
"A cada renovada manhã precisamos de nos convencer da necessidade de nos levantarmos e encontrar forças suficientes para enfrentar um novo dia, bem como para calar fundo a amargura que, qual mórbido refrão, nos murmura constantemente ao ouvido a vaidade das coisas, a mesquinhez dos homens e a apatia das mulheres."
Interessante artigo sobre a depressão, em francês.
Tuesday, August 19, 2014
Music was my first love...
The Gift - Primavera
Enquanto isso, no país do "faz de conta"
O meu país está doente. O que se fez no meu país foi uma guerra moral aos de baixo, aos mais fracos e que não tem defesa, aos que são velhos e não tem mais saída, aos que tinham pouco e aos que ainda tinham alguma coisa, tratando-os de ricos, e essa guerra moral passou por lhes incutir uma culpa que não tinham e assim impedi-los de responder ao ataque que lhes foi feito. Esta guerra moral teve sucesso, até porque as pessoas nesta era de psicologismo, absorvem culpa como uma esponja. São culpados pelos desmandos dos filhos, são culpados por não terem emprego, são culpados por serem velhos, são culpados por terem casado com “aquela” pessoa, são culpados por se terem divorciado, são culpados porque tem pouco dinheiro e, num país de “sucesso”, isso é uma fraqueza, são culpados por “viverem acima das suas posses”.
Excelentes, lúcidas palavras de J. Pacheco Pereira... Sublinhados meus.
O artigo completo no Abrupto.
Excelentes, lúcidas palavras de J. Pacheco Pereira... Sublinhados meus.
O artigo completo no Abrupto.
Saturday, August 09, 2014
Saturday, August 02, 2014
Em busca do tempo perdido
"Você tem que ser feliz consigo própria, antes mesmo de você ser feliz com outra pessoa.
...
Seu cônjuge é agora provavelmente muito diferente em alguns aspectos do que quando vocês dois se casaram, mas o mesmo acontece num monte de situações, também. Eu acredito que a essência do que somos realmente nunca muda. Se você tinha um coração de ouro quando era criança, você tem um coração de ouro como mulher adulta.
Mas a mudança é absolutamente inevitável, e isso às vezes pode acabar com um casamento, se a mudança fôr negativa."
Vale a pena ler o artigo na íntegra, apesar de ser um pouco extenso.
...
Seu cônjuge é agora provavelmente muito diferente em alguns aspectos do que quando vocês dois se casaram, mas o mesmo acontece num monte de situações, também. Eu acredito que a essência do que somos realmente nunca muda. Se você tinha um coração de ouro quando era criança, você tem um coração de ouro como mulher adulta.
Mas a mudança é absolutamente inevitável, e isso às vezes pode acabar com um casamento, se a mudança fôr negativa."
Vale a pena ler o artigo na íntegra, apesar de ser um pouco extenso.
Friday, July 25, 2014
Music was my first love...
Chico Buarque e Zizi Possi - Pedaço de mim
Thursday, July 17, 2014
De pequenino é que se torce o pepino... ou não?
Mantenha as mãos dos seus filhos LONGE das "zonas de pecado"! Por apenas
USD $199.99, encomende já este milagre da ciência moderna cristã...
USD $199.99, encomende já este milagre da ciência moderna cristã...
Se não fosse tão ridículo até dava para rir. Enfim, amaricanices.
Sunday, July 13, 2014
O espírito altruísta da banca
"La philosophie de notre organisme de crédit s'appuie sur la saine volonté de venir en aide sur le plan économique à ceux qui en on besoin, en leur octroyant des prêts d'argent qui, ent toute logique, doivent ensuite nous êtres remboursés par le client dans le respect pontuel des échéances; capital et intérêts au taux qui nous aura paru convenable afin que nous ne soyons pas obligés d'abandonner cet esprit de solidarité humanitaire qui nous anime."
Quino, Soixante ans d'humour
Wednesday, July 09, 2014
Portugal e Brasil, unidos na dor e na amargura
Sobre os jogadores de futebol da selecção de Portugal, Ano da Graça de 2014:
"Aquelas osgas que hoje se passearam por Manaus, com cortes de cabelo terceiro-mundistas e que só arrancavam quando um mosquito as estimulava, mostraram à evidência que uma equipa de futebol não se constrói na base de convicções e com afirmações patrioteiras e inconsequentes de orgulho nacional. Têm técnica, têm estatuto, têm chuteiras personalizadas, mas continua a faltar-lhes um bom barbeiro. Um tipo que lhes faça a barba e o cabelo numa cadeira das antigas, com uma tesoura bem afiada para lhes cortar as melenas da cagança, e que no fim lhes lave a fronha com aftershave tradicional, daquele com muito álcool que lhes faça arder a pele, antes de lhes esfregarem com um bom creme amaciador e os mandarem para a luta. Enquanto continuarem a tratar a selecção nacional e os seus jogadores como umas meninas finas de casa de alterne para empreiteiros ricos, dando-lhes lençóis de seda, oferecendo-lhes massagens e condescendendo com as suas birras, dificilmente farão na selecção nacional o que já mostraram ser capazes de fazer nos clubes."
Sérgio de Almeida Correia, in "Delito de Opinião". Continua aqui
"Aquelas osgas que hoje se passearam por Manaus, com cortes de cabelo terceiro-mundistas e que só arrancavam quando um mosquito as estimulava, mostraram à evidência que uma equipa de futebol não se constrói na base de convicções e com afirmações patrioteiras e inconsequentes de orgulho nacional. Têm técnica, têm estatuto, têm chuteiras personalizadas, mas continua a faltar-lhes um bom barbeiro. Um tipo que lhes faça a barba e o cabelo numa cadeira das antigas, com uma tesoura bem afiada para lhes cortar as melenas da cagança, e que no fim lhes lave a fronha com aftershave tradicional, daquele com muito álcool que lhes faça arder a pele, antes de lhes esfregarem com um bom creme amaciador e os mandarem para a luta. Enquanto continuarem a tratar a selecção nacional e os seus jogadores como umas meninas finas de casa de alterne para empreiteiros ricos, dando-lhes lençóis de seda, oferecendo-lhes massagens e condescendendo com as suas birras, dificilmente farão na selecção nacional o que já mostraram ser capazes de fazer nos clubes."
Sérgio de Almeida Correia, in "Delito de Opinião". Continua aqui
Saturday, June 28, 2014
A ver vamos, Dr. Marinho e Pinto...
Europa e Bruxelas
I: Há uma grande distância entre Bruxelas e a realidade dos países?
É chocante. Represento um povo que foi esmifrado até ao tutano nos últimos três anos. Um povo a quem praticamente arrancaram as tripas para pagar défices. Sinto-me mal num ambiente daqueles, onde não há dificuldades financeiras. Podia calar-me, saborear os benefícios pessoais que isso traz, mas sinto-me mal, porque represento um povo que é pobre.
Perseguição
I: Há uma campanha montada contra si?
Não digo que seja uma campanha, embora haja algumas empresas de comunicação que não gostam de mim porque tenho proposto que fosse criado o crime de corrupção jornalística para punir os jornalistas que se deixam corromper e quem corrompe jornalistas. E há pessoas que se sentem ameaçadas se isso avançar.
(...) Há jornalistas que não gostam de mim e atacam-me publicamente para agradar a pessoas que eu critico.
Política / Europeias 2014
I: Que significado atribuiu ao resultado?
Há um descontentamento com a forma como se faz política em Portugal. Designadamente a promiscuidade entre interesses públicos e privados.
I: E o senhor é a voz da razão?
Não sou, acho que a política é uma arte nobre que deve ser defendida como tal. É a forma de resolver problemas colectivos e não pessoais ou familiares. Não se deve ir para a política para arranjar emprego para si próprio, para os familiares ou amigos. Nem para fazer carreirismo político. Isso faz com que subalternizem os interesses que pretendemos representar e defender. O povo não acredita hoje no parlamento, no governo, nos juízes, nas instituições democráticas. E isto é perigoso.
(...) Não digo nomes, mas há ministros que, ainda no cargo, negociaram os empregos que vão ter depois. Isto é a traição da República.
Populismo
I: Algum partido quererá juntar-se a uma voz dissonante?
Fui convidado por alguns partidos grandes e pequenos. Eu escolhi o partido. As pessoas criticam-me, chamam-me populista. Populista, eu? Uma pessoa que defende a moeda única, que defende os presos, a dignidade dos imigrantes em Portugal, que faz a defesa dos direitos humanos. Isso é populismo? Eu combati o populismo! Eles confundem e têm raiva que um discurso democrata, de esquerda, um discurso que defende a dignidade e os direitos fundamentais da pessoa humana se tenha tornado popular em Portugal.
PR e o apelo ao consenso
I: Cavaco continua a lançar esse apelo.
Toda a acção principal do Presidente tem sido de suporte do governo e de branqueamento dos aspectos mais negativos do governo. O Presidente teve hipótese de influenciar um governo de salvação nacional, em 2011, ou ainda com o próprio engenheiro José Sócrates.
A entrevista completa no Jornal i
I: Há uma grande distância entre Bruxelas e a realidade dos países?
É chocante. Represento um povo que foi esmifrado até ao tutano nos últimos três anos. Um povo a quem praticamente arrancaram as tripas para pagar défices. Sinto-me mal num ambiente daqueles, onde não há dificuldades financeiras. Podia calar-me, saborear os benefícios pessoais que isso traz, mas sinto-me mal, porque represento um povo que é pobre.
Perseguição
I: Há uma campanha montada contra si?
Não digo que seja uma campanha, embora haja algumas empresas de comunicação que não gostam de mim porque tenho proposto que fosse criado o crime de corrupção jornalística para punir os jornalistas que se deixam corromper e quem corrompe jornalistas. E há pessoas que se sentem ameaçadas se isso avançar.
(...) Há jornalistas que não gostam de mim e atacam-me publicamente para agradar a pessoas que eu critico.
Política / Europeias 2014
I: Que significado atribuiu ao resultado?
Há um descontentamento com a forma como se faz política em Portugal. Designadamente a promiscuidade entre interesses públicos e privados.
I: E o senhor é a voz da razão?
Não sou, acho que a política é uma arte nobre que deve ser defendida como tal. É a forma de resolver problemas colectivos e não pessoais ou familiares. Não se deve ir para a política para arranjar emprego para si próprio, para os familiares ou amigos. Nem para fazer carreirismo político. Isso faz com que subalternizem os interesses que pretendemos representar e defender. O povo não acredita hoje no parlamento, no governo, nos juízes, nas instituições democráticas. E isto é perigoso.
(...) Não digo nomes, mas há ministros que, ainda no cargo, negociaram os empregos que vão ter depois. Isto é a traição da República.
Populismo
I: Algum partido quererá juntar-se a uma voz dissonante?
Fui convidado por alguns partidos grandes e pequenos. Eu escolhi o partido. As pessoas criticam-me, chamam-me populista. Populista, eu? Uma pessoa que defende a moeda única, que defende os presos, a dignidade dos imigrantes em Portugal, que faz a defesa dos direitos humanos. Isso é populismo? Eu combati o populismo! Eles confundem e têm raiva que um discurso democrata, de esquerda, um discurso que defende a dignidade e os direitos fundamentais da pessoa humana se tenha tornado popular em Portugal.
PR e o apelo ao consenso
I: Cavaco continua a lançar esse apelo.
Toda a acção principal do Presidente tem sido de suporte do governo e de branqueamento dos aspectos mais negativos do governo. O Presidente teve hipótese de influenciar um governo de salvação nacional, em 2011, ou ainda com o próprio engenheiro José Sócrates.
A entrevista completa no Jornal i
Music was my first love...
Gabriela - Gal Costa
Friday, June 27, 2014
A verdade sai da boca das crianças!
No infantário, a professora pergunta:
- Qual a parte do corpo que chega primeiro ao céu?
Uma menina levanta o braço:
-As mãos, professora !
-E porquê?
-Porque quando rezamos elevamos as mãos ao céu.
Nisto, o TOMÉ retrucou.
- Não, nada disso, são os pés!
- Ah sim TOMÉ , e porquê? - Pergunta a professora ...
- Bem, esta noite, fui ao quarto dos meus pais, a minha mãe tinha os pés no ar, e estava a gritar:
- Meu Deus, meu Deus, estou indo ao céu.. estou indo ao céu...
E ainda bem que o meu pai estava em cima dela segurando-a, senão, lá ia ela...
- Qual a parte do corpo que chega primeiro ao céu?
Uma menina levanta o braço:
-As mãos, professora !
-E porquê?
-Porque quando rezamos elevamos as mãos ao céu.
Nisto, o TOMÉ retrucou.
- Não, nada disso, são os pés!
- Ah sim TOMÉ , e porquê? - Pergunta a professora ...
- Bem, esta noite, fui ao quarto dos meus pais, a minha mãe tinha os pés no ar, e estava a gritar:
- Meu Deus, meu Deus, estou indo ao céu.. estou indo ao céu...
E ainda bem que o meu pai estava em cima dela segurando-a, senão, lá ia ela...
Sunday, June 22, 2014
Há algo de podre no reino da Dinamarca
O general Garcia dos Santos acusou hoje o Presidente da República de ser o "primeiro responsável" pela actual situação do país por "não marcar um rumo" ou "provocar um entendimento entre os partidos".
"Eu acho que o senhor Presidente da República é o primeiro responsável pela situação em que o país está. Porque não toma atitudes, não toma posições, não defende, não marca um rumo para o país, não provoca um entendimento entre os partidos políticos", afirmou.
O general falava à Agência Lusa, a propósito da sua exoneração do cargo de vogal do Conselho das Ordens Nacionais, noticiada hoje pelo jornal digital "Observador".
Garcia dos Santos afirmou que não é a única personalidade a criticar publicamente Cavaco Silva, dizendo que o Presidente da República "é
criticado por toda a gente de responsabilidade" por "não provocar um entendimento entre os partidos".
criticado por toda a gente de responsabilidade" por "não provocar um entendimento entre os partidos".
"Eu discordo e não gosto da pessoa do senhor Presidente da República e portanto pedi a exoneração, exonerei-me, da chancelaria das Ordens. É tão simples quanto isto", acrescentou.
Segundo Garcia dos Santos, os apelos públicos de Cavaco Silva para que os partidos políticos procurem consensos são apenas palavras sem consequência.
"Falar é fácil. O que é preciso é atuar e é isso que ele não faz. Agora, demonstrem-me que estou errado", disse. O general pediu a exoneração do cargo no Conselho das Ordens Nacionais que funciona junto da Presidência da República, pedido que foi aceite.
Contactada pela Lusa, a Presidência da República não quis fazer qualquer comentário.
No passado dia 3, a Presidência da República anunciou que Cavaco Silva, chefe do Estado e Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas, nomeou como novos vogais do Conselho das Ordens Nacionais o antigo secretário-geral da UGT João Proença, o historiador Rui Lopes Ramos e o antigo presidente da câmara de Grândola Carlos Beato.
Garcia dos Santos foi um dos seis oficiais das Forças Armadas que comandaram o golpe militar de 25 de Abril de 1974. No governo do PS de António Guterres, Garcia dos Santos presidiu à Junta Autónoma das Estradas, da qual saiu após denunciar casos de corrupção. Foi chefe do Estado-Maior do Exército entre 1982 e 1983.
In jornal "Económico"
Saturday, June 21, 2014
A culpa, essa eterna solteirona
(...)
José Pacheco Pereira, in jornal "Público". O artigo completo aqui
É por isto tudo que não aceito a culpabilização sistemática dos mais pobres e mais fracos e da classe média, por terem vivido “acima das suas posses”, mesmo quando não o fizeram. E mesmo quando havia uma casa a mais, um carro a mais, um ecrã plano a mais, um sofá a mais, um vestido ou um fato a mais, umas férias a mais, uma viagem a mais, recuso-me a colocar estes “excessos” no mesmo plano moral dos “outros”.
(...)
A completa desresponsabilização sobre a crise dos últimos anos, desencadeada pelo sistema financeiro, mas de que no fim este veio a beneficiar, marca moralmente como uma doença a sociedade da crise em que vivemos. O que choca as pessoas comuns e é uma fonte enorme de descrença da democracia e de sentimento de injustiça propício a todos os populismos, é que ninguém imagina que um ministro, primeiro-ministro ou Presidente se fosse sentar à mesa com alguém que tivesse desviado uns poucos milhares dos seus impostos ou tivesse um restaurante, uma barbearia, ou uma oficina de automóveis em modo de “economia paralela”, enquanto todos os viram nos últimos anos, em plena crise, conviver agradecidos e obrigados com estes homens que aparecem agora nos jornais como se tendo “esquecido” de declarar milhões de euros ao fisco ou estando à frente de instituições bancárias que emprestaram a amigos e familiares muitos milhões de que não se sabe o rastro, e tinham contabilidades paralelas.
José Pacheco Pereira, in jornal "Público". O artigo completo aqui
Music was my first love...
Ella Fitzgerald & Louis Armstrong - Summertime
Sunday, June 15, 2014
Tuesday, June 10, 2014
A cidade do silêncio
Na manhã de 10 de Junho de 1944 os tanques de soldados alemães chegam a Oradour-sur-Glane, pequena povoação de cerca de 1200 habitantes, perto de Limoges, França, e que se veio a tornar, na Europa Ocidental o símbolo da barbárie nazi.
Depois da guerra, o general De Gaulle decidiu que a aldeia não seria reconstruída, e se tornasse num memorial à dor da França durante a ocupação.
Numa (des)União Europeia cada vez mais distante dos ideais que estiveram na sua génese, onde os movimentos nacionalistas e de extrema-direita avançam com força um pouco por todo o lado, é pertinente recordar os horrores da guerra e os requintes de crueldade que foram antecedidos por um clima económico e social muito semelhante ao que vivemos actualmente.
Wednesday, June 04, 2014
Frases
"Olhei-te e fiquei sem palavras.
Eu, que não gosto nada
de ficar sem munições."
Eu, que não gosto nada
de ficar sem munições."
(Joaquim Pessoa, in “Ano Comum”)
Wednesday, May 21, 2014
Why?
"What if everything has been happening at exactly the right moment...?
Why certain people come into our lives?"
Once and again, Season 1, Episode 22
Why certain people come into our lives?"
Once and again, Season 1, Episode 22
Sunday, May 18, 2014
What a wonderful world!...
A Terra vista da ISS às 14h33 GMT do dia 9 de Maio de 2014
Transmissão em directo (live streaming via USTREAM): por vezes a imagem aparece completamente negra, quando a ISS "atravessa" o hemisfério da Terra onde é noite, e por vezes aparece cinza, quando não há comunicação ou aquando da troca das câmaras video. É só carregar neste atalho.
Este link também é muito útil para sabermos a localização exacta da ISS.
Este link também é muito útil para sabermos a localização exacta da ISS.
Friday, May 16, 2014
In Memoriam
Fez quatro anos no passado dia 14 de Maio que morreu José Luís Saldanha Sanches.
Num país dominado por oportunistas e por meia dúzia de famílias que não tiveram a coragem - ou a lucidez - de acompanhar a frenética evolução da sociedade em que vivemos, depressa são esquecidos os homens e as mulheres que conseguiram marcar o seu tempo, isto é, que efectivamente deixaram obra feita e, além disso, deram exemplos de honradez e desinteresse por honrarias mesquinhas, com que tantas vezes foram aliciados...
Aqui fica a minha singela homenagem, na forma deste poema de Sophia de Mello Breyner, que eu encontrei no "Elogio" feito pela esposa Maria José Morgado:
”Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A Força dos teus sonhos é tão forte,
Que tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias”.
Num país dominado por oportunistas e por meia dúzia de famílias que não tiveram a coragem - ou a lucidez - de acompanhar a frenética evolução da sociedade em que vivemos, depressa são esquecidos os homens e as mulheres que conseguiram marcar o seu tempo, isto é, que efectivamente deixaram obra feita e, além disso, deram exemplos de honradez e desinteresse por honrarias mesquinhas, com que tantas vezes foram aliciados...
Aqui fica a minha singela homenagem, na forma deste poema de Sophia de Mello Breyner, que eu encontrei no "Elogio" feito pela esposa Maria José Morgado:
”Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A Força dos teus sonhos é tão forte,
Que tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias”.
Sunday, May 11, 2014
Music was my first love...
Talking Heads - Slippery people
Sunday, April 27, 2014
Imagens da crise académica - Coimbra 1969
Nunca é demais recordar, até porque há cada vez mais gente com a memória curta...
Friday, April 25, 2014
Onde é que você estava no 25 de Abril de 1974?
Eu estava a estudar em Coimbra, frequentava o então Liceu Normal D. João III, hoje Liceu José Falcão. É claro que nesse dia - e nalguns subsequentes - não houve aulas. Cerco à Pide de Coimbra, manif's, RGA's, caça aos "reaças"...
Era tudo "novidade" para quem estava completamente "a leste" da política, só mais tarde me apercebi do que era a máquina oleada da UEC/JC (juventude comunista PCP), por onde passaram muitos dos actuais políticos e das chamadas figuras públicas.
Já o Luiz Pacheco, um dos mais irreverentes (e esquecidos) escritores do séc. XX, relata assim o "seu" 25 de Abril:
(...)
"Meto à Rua Viriato e vou até ao quartel de Santa Marta (todas as tascas fechadas até ali). Dá-me vontade de rir ver os cabeças de nabo reunidos lá dentro, a falarem uns com os outros (é que obedeceram às ordens?). Mas logo ao lado há uma tasca restaurante, porta meio aberta, com gente e muito movimento (guardas a beber, outro a telefonar para casa e sossegar a mulher (?), diz que não há azar). Bebo uma Sagres e como uma sandes. E avanço para a linha de fogo, que não sei onde é. Metros andados, ouvem-se ao longe tiros e rajadas de metralhadora. Tipos que fogem. Mas onde será o tiroteio? Como a coisa parou, continuo a andar. Até que encontro, já não sei onde, o Almeida Santos e um tipo que é revisor no Diário de Lisboa ou no Popular, já não sei. Metemo-nos num táxi que sobe pela Calçada do Carmo. Mas logo populares avisam (ah, entretanto, perto do Tivoli, já tinha comprado um Diário de Notícias, com mais informes) que a rua está bloqueada. O carro faz marcha-atrás e mete (por onde?) para o Bairro Alto. Bebemos não sei o quê numa tasca, o revisor vai à vida, o Almeida Santos pira-se e eu avanço para os lados do Carmo. Na Rua da Misericórdia, muita gente, tropa e um tanque de respeito. Da janela da Redacção da República, o Vítor Direito e o Afonso Praça (aquele grita-me: “estás muito bonito hoje!”, eu levava o sujíssimo albornoz que me deu o Artur), noutra varanda o Álvaro Belo Marques, a quem pergunto: “como é que se entra para aí?”, porque a porta da escada da República está fechada. “Vai pelas traseiras!”. Vou mas também está fechada e logo à esquina aparece um vendedor com a última da República. É um verdadeiro assalto. Aí fico a saber dos chefes (Costa Gomes e Spínola) e o alvoroço é enorme. Já não sei bem: se vim ao Rossio, se de repente notei uma grande correria para o Terreiro do Paço. Sem perceber nada do que se passa, sigo a onda. No Terreiro do Paço, começa a chover. Há correrias e encontro uma rapariga que me conhece muito bem mas não topo logo."
(...)
O artigo completo aqui, via Centro de Documentação 25 de Abril
Era tudo "novidade" para quem estava completamente "a leste" da política, só mais tarde me apercebi do que era a máquina oleada da UEC/JC (juventude comunista PCP), por onde passaram muitos dos actuais políticos e das chamadas figuras públicas.
Já o Luiz Pacheco, um dos mais irreverentes (e esquecidos) escritores do séc. XX, relata assim o "seu" 25 de Abril:
(...)
"Meto à Rua Viriato e vou até ao quartel de Santa Marta (todas as tascas fechadas até ali). Dá-me vontade de rir ver os cabeças de nabo reunidos lá dentro, a falarem uns com os outros (é que obedeceram às ordens?). Mas logo ao lado há uma tasca restaurante, porta meio aberta, com gente e muito movimento (guardas a beber, outro a telefonar para casa e sossegar a mulher (?), diz que não há azar). Bebo uma Sagres e como uma sandes. E avanço para a linha de fogo, que não sei onde é. Metros andados, ouvem-se ao longe tiros e rajadas de metralhadora. Tipos que fogem. Mas onde será o tiroteio? Como a coisa parou, continuo a andar. Até que encontro, já não sei onde, o Almeida Santos e um tipo que é revisor no Diário de Lisboa ou no Popular, já não sei. Metemo-nos num táxi que sobe pela Calçada do Carmo. Mas logo populares avisam (ah, entretanto, perto do Tivoli, já tinha comprado um Diário de Notícias, com mais informes) que a rua está bloqueada. O carro faz marcha-atrás e mete (por onde?) para o Bairro Alto. Bebemos não sei o quê numa tasca, o revisor vai à vida, o Almeida Santos pira-se e eu avanço para os lados do Carmo. Na Rua da Misericórdia, muita gente, tropa e um tanque de respeito. Da janela da Redacção da República, o Vítor Direito e o Afonso Praça (aquele grita-me: “estás muito bonito hoje!”, eu levava o sujíssimo albornoz que me deu o Artur), noutra varanda o Álvaro Belo Marques, a quem pergunto: “como é que se entra para aí?”, porque a porta da escada da República está fechada. “Vai pelas traseiras!”. Vou mas também está fechada e logo à esquina aparece um vendedor com a última da República. É um verdadeiro assalto. Aí fico a saber dos chefes (Costa Gomes e Spínola) e o alvoroço é enorme. Já não sei bem: se vim ao Rossio, se de repente notei uma grande correria para o Terreiro do Paço. Sem perceber nada do que se passa, sigo a onda. No Terreiro do Paço, começa a chover. Há correrias e encontro uma rapariga que me conhece muito bem mas não topo logo."
(...)
O artigo completo aqui, via Centro de Documentação 25 de Abril
Thursday, April 24, 2014
Music was my first love...
Zeca Afonso - Os vampiros
- A síntese de 40 anos de liberdade -
Sunday, April 20, 2014
Music was my first love...
Cat Stevens - Morning has broken
Friday, April 18, 2014
Gabriel García Márquez
Saturday, April 12, 2014
Há pessoas negligentes
Une blonde rentre chez elle après avoir fait du
shopping et elle entend des bruits bizarres venant de la
chambre à coucher.
Elle se précipite en haut et trouve son mari tout nu,
allongé sur le lit, en sueur et tout essoufflé.
Elle lui dit:
- Mais qu'est-ce qui se passe ?
Le mari lui répond:
- Je suis en pleine crise cardiaque
La blonde se précipite en bas pour appeler les
urgences, mais au moment de faire le numéro, son fils
de 4 ans arrive et dit:
- Maman, Maman, Tante Béa se cache dans ton
armoire et elle est toute nue.
La blonde raccroche brutalement et monte en vitesse
dans la chambre, ouvre la porte de l'armoire
violemment et, pour sûr, y trouve sa soeur,
complètement nue et recroquevillée par terre et elle
dit:
- Salope ! Mon mari est en train d'avoir une crise
cardiaque et tu joues à cache-cache avec les enfants...
chambre à coucher.
Elle se précipite en haut et trouve son mari tout nu,
allongé sur le lit, en sueur et tout essoufflé.
Elle lui dit:
- Mais qu'est-ce qui se passe ?
Le mari lui répond:
- Je suis en pleine crise cardiaque
La blonde se précipite en bas pour appeler les
urgences, mais au moment de faire le numéro, son fils
de 4 ans arrive et dit:
- Maman, Maman, Tante Béa se cache dans ton
armoire et elle est toute nue.
La blonde raccroche brutalement et monte en vitesse
dans la chambre, ouvre la porte de l'armoire
violemment et, pour sûr, y trouve sa soeur,
complètement nue et recroquevillée par terre et elle
dit:
- Salope ! Mon mari est en train d'avoir une crise
cardiaque et tu joues à cache-cache avec les enfants...
Wednesday, March 26, 2014
Music was my first love...
Madness - Night boat to Cairo
Thursday, March 13, 2014
Wednesday, March 12, 2014
Sunday, March 09, 2014
No limiar do desconhecido
(...) According to the paper, this woman enters her out-of-body state right before sleeping, visualizing herself from above. She started doing so during naptime in preschool, they write. She currently only does it sometimes.
The researchers wrote in the paper:
She was able to see herself rotating in the air above her body, lying flat, and rolling along with the horizontal plane. She reported sometimes watching herself move from above but remained aware of her unmoving "real" body...
O artigo completo aqui
O que vale saber línguas...
Um alemão, procurando orientação sobre o caminho, pára o carro ao lado de outro com dois alentejanos dentro.
O alemão pergunta:
- 'Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?'
Os dois alentejanos ficaram mudos.
Tentou de novo:
- 'Excusez-moi, parlez vous français?'
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- 'Prego signori, parlate italiano?'
Nada por parte dos alentejanos.
- 'Hablan ustedes español?'
Nenhuma resposta.
- 'Please, do you speak English?'
Nada....
O alemão pergunta:
- 'Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?'
Os dois alentejanos ficaram mudos.
Tentou de novo:
- 'Excusez-moi, parlez vous français?'
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- 'Prego signori, parlate italiano?'
Nada por parte dos alentejanos.
- 'Hablan ustedes español?'
Nenhuma resposta.
- 'Please, do you speak English?'
Nada....
Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora.
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvêz devêssemos aprenderi uma língua estrangêra...
- Mas p'ra quê, compadri? Aquele gajo sabia cinco e adiantou-lhe alguma coisa?
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvêz devêssemos aprenderi uma língua estrangêra...
- Mas p'ra quê, compadri? Aquele gajo sabia cinco e adiantou-lhe alguma coisa?
Tuesday, February 25, 2014
Music was my first love...
Clã - Problema de expressão
Saturday, February 22, 2014
Portugal contemporâneo na óptica de Adriano Moreira
Adriano Moreira tem 91 anos. Nunca viu um Portugal assim. Nunca viu um mundo assim. Fala da decadência do mundo ocidental, não fala apenas de políticos e de políticas ruinosas. Não deixa, contudo, de sublinhar que “não é com fórmulas aritméticas que se governam os países”. Fala de um princípio de solidariedade que ainda é a marca maior da identidade europeia. Onde vai ele? Nesta entrevista, fala-se do futuro com um homem que já viveu muito. E que usa expressões como “remédios” quando aponta soluções para um país em estado comatoso. Somos um corpo doente? A revolução está iminente? A resposta talvez esteja, como sempre está, quando se trata de grandes cataclismos, na fome.
É um pouco extensa mas vale a pena ler a entrevista completa
É um pouco extensa mas vale a pena ler a entrevista completa
Friday, February 21, 2014
Para reflectir
Sunday, February 16, 2014
Friday, February 14, 2014
Happy Valentine's
"Le Baiser de l'hôtel de ville", Paris 1950 - Robet Doisneau |
"Comportamo-nos como se as pessoas de quem gostamos fossem durar para sempre. Em vida não fazemos nunca o esforço consciente de olhar para elas como quem se prepara para lembrá-las. Quando elas desaparecem, não temos delas a memória que nos chegue. Para as lembrar, que é como quem diz, prolongá-las. A memória é o sopro com que os mortos vivem através de nós. Devemos cuidar dela como da vida.
Devemos tentar aprender de cor quem amamos. Tentar fixar. Armazená-las para o dia em que nos fizerem falta. São pobres as maneiras que temos para o fazer, é tão fraca a memória, que todo o esforço é pouco. Guardá-las é tão difícil. Eu tenho um pequeno truque. Quando estou com quem amo, quando tenho a sorte de estar à frente de quem adivinho a saudade de nunca mais a ver, faço de conta que ela morreu, mas voltou mais um único dia, para me dar uma última oportunidade de a rever, olhar de cima a baixo, fazer as perguntas que faltou fazer, reparar em tudo o que não vi; uma última oportunidade de a resguardar e de a reter. "
Miguel Esteves Cardoso
Devemos tentar aprender de cor quem amamos. Tentar fixar. Armazená-las para o dia em que nos fizerem falta. São pobres as maneiras que temos para o fazer, é tão fraca a memória, que todo o esforço é pouco. Guardá-las é tão difícil. Eu tenho um pequeno truque. Quando estou com quem amo, quando tenho a sorte de estar à frente de quem adivinho a saudade de nunca mais a ver, faço de conta que ela morreu, mas voltou mais um único dia, para me dar uma última oportunidade de a rever, olhar de cima a baixo, fazer as perguntas que faltou fazer, reparar em tudo o que não vi; uma última oportunidade de a resguardar e de a reter. "
Miguel Esteves Cardoso
Sunday, February 02, 2014
Music was my first love...
Take five foi uma das minhas "portas de entrada" para o mundo do jazz
Friday, January 31, 2014
Momentos de humor
É um pouco longo mas vale a pena ver até ao fim! Tá demais!...
Thursday, January 30, 2014
A velha Academia
Nos tempos em que passei por Coimbra na qualidade de estudante não havia praxes, a Academia estava de luto por motivos políticos, como se sabe.
Praticamente ninguém usava o traje, até porque os raríssimos estudantes que se atreviam a tal eram muito mal vistos, quiçá mesmo marginalizados.
Quando essas tradições ressurgiram, muitos anos mais tarde depois do 25 de Abril, nunca atribuí especial importância - mesmo até quando a minha filha a elas aderiu de alma e coração, certamente por influência dos amigos e companheiros da altura, e não porque ela tivesse necessidade de tal para se "integrar" no meio estudantil.
As humilhações e as atitudes de subserviência sempre me causaram repugnância, assim como certos exageros, nomeadamente os do foro alcoólico, que se verificam nâo só nas chamadas festas maiores - a Latada e a Queima das Fitas - mas praticamente durante todo o ano escolar.
Revejo-me completamente neste artigo de José Pacheco Pereira, de que transcrevo algumas passagens:
"É-me pessoalmente repugnante o espectáculo que se pode ver nas imediações das escolas universitárias e um pouco por todo o lado nas cidades que têm população escolar, de cortejos de jovens pastoreados por um ou dois mais velhos, vestidos de padres, ou seja, de “traje académico”, em posturas de submissão, ou fazendo todo o género de humilhações em público, não se sabe muito bem em nome de quê.
...
Ao institucionalizar a obediência aos mais absurdos comandos, a humilhação dos caloiros perante os veteranos, a promessa era a do exercício futuro do mesmo poder de vexame, mostrando como o único conteúdo da praxe é o da ordem e do respeito pela ordem, assente na hierarquia do ano do curso. Mas quem respeita uma hierarquia ao ponto da abjecção está a fazer o tirocínio para respeitar todas as hierarquias. Se fores obediente e lamberes o chão, podes vir a mandar, quando for a tua vez, e, nessa altura, podes escolher um chão ainda mais sujo, do alto da tua colher de pau. És humilhado, mas depois vingas-te. "
O artigo completo aqui.
Friday, January 17, 2014
Music was my first love...
The Beatles - Sgt Peppers Lonely Heart Club Band
Sunday, January 05, 2014
Subscribe to:
Posts (Atom)