Vale a pena ler com atenção este excelente artigo de Nouriel Roubini, que não vê grandes alternativas para a saída da crise da Eurozona - dadas as conhecidas intransigências da Alemanha - a não ser o tão anunciado fim da moeda única. Aqui ficam alguns excertos:
"A crise na Zona Euro parece
estar a atingir o seu auge: a Grécia à beira do incumprimento e uma inglória
saída da união monetária, ao passo que Itália está prestes a perder o acesso ao
mercado de financiamento. Mas os problemas da Zona Euro são muito mais
profundos. São estruturais e penalizam severamente pelo menos quatro outras
economias: Irlanda, Portugal, Chipre e Espanha.
Na última década, os PIIGS
(Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha)
eram os consumidores de primeiro e último recurso da Zona Euro, gastando mais do
que obtinham de rendimentos e registando um défice de contas correntes cada vez
maior. Ao mesmo tempo, os países do núcleo da Zona Euro (Alemanha, Holanda,
Áustria e França) eram os produtores de primeiro e último recurso, gastando
menos do que ganhavam e apresentando contas correntes crescentemente
excedentárias.
(...)
Sendo Itália demasiado grande para falir, demasiado grande para salvar e agora
no ponto de não retorno, já começou o fim do jogo na Zona Euro. Primeiro virão
as reestruturações sequenciais e coercivas da dívida e em seguida virão as
saídas da união monetária, o que acabará por levar à desintegração da Zona Euro.
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