É só um beijo, dizes. Não, não é. Um beijo, consentido e com sentido, nunca é só um beijo. É um vocábulo explícito de uma linguagem ancestral, planetária e inequívoca. Encerra sempre, num molde indestrutível, o desejo que o forjou. Traz em si a memória de beijos passados, a expectativa de beijos sonhados e o embrião de beijos futuros. E mesmo que não tenha passado nem futuro, cada beijo é, por si só, um universo.
Ana Vidal
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