Sunday, December 09, 2012

Ler, ouvir e divulgar, por um futuro melhor para todos

Nos dias que correm a quantidade de informação que nos chega é de tal ordem, que todo o cuidado é pouco na sua interpretação e análise. Quero com isto dizer que muitas vezes as aparências iludem, ou seja, um determinado artigo que à primeira vista parece ser relevante e com um conteúdo bem estruturado, por vezes não é mais do que aquilo que estamos à espera de ler e ouvir, pecando por falta de contraditório e/ou fontes fidedignas, ou pouco credíveis.
Mas essa é uma preocupação e um cuidado que a todos nós compete, e não têm que ser substituídos por uma qualquer CENSURA (está tudo desmontado aqui), por mais vantagens e boas intenções de que ela transborde...
Há artigos que, pela sua importância, sustentação, profundidade de análise e, sobretudo, pela sua actualidade, têm a obrigação de ser divulgados o mais possível. Acredito muito sinceramente que, como cidadãos responsáveis que somos, QUANTO MAIS BEM INFORMADOS E CONSCIENTES estivermos acerca da difícil realidade que todos estamos a viver, bem como das suas causas e origens, mais facilmente nos uniremos a fim de se pôr termo à monstruosidade de que estamos a ser alvo, enquanto povo e enquanto nação.



..."A previsão (ONU) é de que, se não forem tomadas medidas (...) nos próximos 3 meses, a situação na Europa do Sul, em termos sociais, tornar-se-á implosiva e incontrolável..." é a opinião das Nações Unidas, em 17 de Novembro de 2012.

Artur Baptista da Silva é o coordenador em Portugal do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e baseia todo o seu discurso em dados estatísticos credíveis, reconhecidos internacionalmente, quer por Portugal quer pela (des)União Europeia.

Garanto-vos que vale a pena ver esta apresentação na íntegra. Se bem que um pouco longa, é constituída por duas partes, e está elaborada numa linguagem quase sempre clara e perfeitamente compreensível pelo comum dos cidadãos, ou seja, não é, de todo, o economês a que infelizmente já estamos habituados. Está lá tudo, muito bem explicado e fundamentado: as origens dos nossos males, os interesses instalados por detrás de falsas solidariedades, os sucessivos erros desde a entrada de Portugal para a então CEE e os diferentes culpados... Não se limitando a criticar e a constatar o porquê do termos chegado a este beco sem saída, Artur Baptista da Silva / ONU aponta para possíveis saídas, através de poupanças de carácter financeiro e alterações da política fiscal que tem sido seguida (ou que nos tem sido imposta, vá-se lá saber...).




Basta de austeridade! Já chega de ouvirmos a afirmação - mil vezes repetida - de que temos vivido acima das nossas possibilidades. Talvez os políticos o tenham feito depois do 25 de Abril, os banqueiros de certeza que o fizeram e continuam a fazer (a eles TUDO lhes é permitido, até dizer baboseiras como as que temos que AGUENTAR), mas não venham atirar-nos com mais areia para os olhos.

Na Suíça, país onde actualmente vivo e trabalho, creio que nada disto seria possível, porque aqui existe consciência cívica, por tudo e por nada fazem referendos junto da população, os dirigentes e governantes normalmente demitem-se das suas funções, quando há casos de suspeição, já que não se sentem confortáveis para continuar a ocupar os seus lugares até se apurar se realmente houve ou não algum ilícito. Não quero com isto dizer que este país não tem defeitos, mas acho que Portugal tem muito que aprender com os suíços no que diz respeito a Democracia Directa.
Acima de tudo e de todos continuo a amar Portugal, orgulho-me de ser português, apesar de não ter orgulho nenhum - bem pelo contrário - em certos portugueses que se têm governado e nos continuam a (des)governar.

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